5 de nov. de 2009

As ondas tranquilas


Era aquele caminho cheio de cascalho a escorrer pela falésia abaixo onde a sombra das rochas se projectava nas curvas das pedras. O sol entrava pelas ranhuras do ar e cozia a terra e a areia que se misturavam no carreiro com o xisto quebrado que se desfazia debaixo dos pés. As falésias recortadas sobre o mar onde se aninhavam espantosas praias, enseadas apetecíveis longe do resto do mundo.

Deitaram-se nas areias cobertas de seixos rolados e passearam nas rochas cobertas de lapas, banhando-se nas piscinas naturais de águas límpidas e mergulharam nas ondas tranquilas daquelas praias longe de tudo, e recarregaram as baterias com a energia do mar e os raios de sol que lhes beijavam a pele. Foram dias felizes como são felizes os dias que deixamos que assim sejam.

Salgada e quente, chegou a casa e perpetuou mais umas horas a frescura do mar na memória da pele, agradecendo mais um dia salpicado de bom humor, serenidade, beleza e futuro.




28 de Setembro 2009

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