5 de nov. de 2009

Black out

Se o meu relógio tivesse ponteiros tinha-os partido mas nem relógio tenho. Vejo as horas no telemóvel a correrem céleres e eu sem poder fazer nada, quando passa o tempo razoável para uma resposta ao meu egoísmo e ela não vem. O corpo ressente-se do vazio das horas que sempre foram preenchidas por tudo e por nada e agora apenas por nada, um nada relativo, mas nada na mesma. O corpo que sinto mirrar de sono e cansaço e vou pôr a descansar, num descanso forçado entre lençóis lavados e persianas corridas. Black out, é o que faço, black out e vou-me.


22 de Agosto 2009

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