31 de jan. de 2010

Eram as pedras e o mar
E a areia que o levava
Levava a areia o mar revolto
Que nela se afogava, agradecido.

Era o céu de núvens manchado
E azul também um dia
E a terra molhada de amor
Encharcada de vento soprado.

Procurava o vento a água
Para a terra molhar de amor
Do céu arrancava as núvens
Que se partiam molhadas de dor.

De paz e guerra chorava o mundo
Resignado às curvas da vida
De paz e guerra chorava o homem
Que de uma noite amanhecida
Em dia que não mais acabava
Moldava o tempo curto que o separava
Do amor que lhe curava a ferida
Do tempo austero que lhe roubara
Dos olhos o sorriso e da alma o sonho.

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